Festas de Marinhais antecipam fogo de artifício e geram polémica nacional

A Comissão de Festas de Marinhais, em Salvaterra de Magos, tornou-se o centro de uma controvérsia nacional ao decidir antecipar o seu espetáculo de fogo de artifício para evitar as restrições impostas pela situação de alerta de incêndio. A medida, comunicada nas redes sociais, visava contornar a proibição de uso de pirotecnia que entrava em vigor à meia-noite de domingo, dia 3 de agosto. O Governo tinha anunciado no sábado a declaração de situação de alerta para todo o território continental, que incluía a “proibição da utilização de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos”. Com o seu espetáculo originalmente marcado para as 00h30 de domingo, a organização das festas anunciou que o mesmo seria antecipado em uma hora, para as 23h30 de sábado, de modo a não violar tecnicamente a declaração. A decisão foi amplamente divulgada e gerou uma onda de indignação nas redes sociais, com centenas de comentários a criticar o que foi apelidado de “chico espertismo à portuguesa” e falta de “noção”. Cidadãos expressaram a sua desaprovação com frases como “uma verdadeira vergonha” e “ganhem juízo”, questionando a responsabilidade da organização num momento de elevado risco de incêndio para o país. O caso ilustra a tensão entre as tradições festivas locais e a necessidade de cumprir medidas de segurança de âmbito nacional, especialmente durante os períodos críticos do verão.

Em resumo

A antecipação do fogo de artifício nas Festas de Marinhais gerou uma forte polémica, destacando o conflito entre a manutenção de tradições locais e o cumprimento de diretivas nacionais de segurança em períodos de elevado risco de incêndio, e suscitando um debate público sobre civismo e responsabilidade.