Os tradicionais morteiros que anunciam o início do desfile serão substituídos pelo repique dos sinos das igrejas da cidade e das freguesias. A decisão de substituir os morteiros por sinos é um exemplo notável de adaptação e responsabilidade cívica por parte da organização, a Associação Artística da Marcha Gualteriana. Perante a proibição total de fogo de artifício decretada pelo Governo, a solução encontrada não só cumpre as normas de segurança, como também cria um momento simbólico e sonoro alternativo, envolvendo as paróquias e reforçando o sentido de comunidade.
Esta mudança, embora forçada pelas circunstâncias, demonstra a resiliência das tradições e a sua capacidade de se reinventarem.
A Marcha Gualteriana mantém o seu esplendor com nove carros alegóricos que refletem a identidade e a história de Guimarães.
As temáticas escolhidas para este ano são diversificadas, abrangendo desde homenagens à cidade (Carro da Cidade), a figuras literárias (Camilo Castelo Branco) e ao património local (Café Oriental – Centenário), até ao compromisso com a sustentabilidade (Capital Verde Europeia 2026) e a cultura popular (Super Mário).
Esta variedade temática mostra um evento que celebra o “Passado, Presente e Futuro” de Guimarães, como sugere um dos carros, mantendo-se relevante e atrativo para diferentes públicos. A realização da marcha, mesmo com os constrangimentos e incidentes como o atropelamento reportado, reafirma a sua importância como uma das “mais emblemáticas manifestações culturais do concelho”, atraindo milhares de pessoas e consolidando as Gualterianas como um evento central no calendário festivo da região.