Marcha Gualteriana em Guimarães substitui fogo de artifício por repique de sinos

A Marcha Gualteriana, ponto alto das Festas da Cidade e Gualterianas em Guimarães, adaptou-se às restrições impostas pela situação de alerta de incêndio, substituindo os tradicionais morteiros por um repique de sinos. A medida, solicitada pela Associação Artística da Marcha Gualteriana às paróquias, assinalou o início do desfile às 22h00 de 4 de agosto, num gesto que uniu o centro da cidade e as freguesias vizinhas.

O desfile deste ano apresentou nove carros alegóricos com temáticas que refletem a identidade vimaranense, desde o Carro da Cidade a homenagens a figuras como Camilo Castelo Branco, passando por marcos como o centenário do Café Oriental e a nomeação como Capital Verde Europeia 2026.

A marcha é descrita como um espetáculo de cor e criatividade, resultado de meses de trabalho de dezenas de grupos, associações e voluntários. No entanto, a celebração foi marcada por um incidente na madrugada de sábado, quando um condutor ignorou as barreiras de segurança e atropelou uma mulher de 39 anos, colocando-se em fuga.

A vítima sofreu ferimentos ligeiros.

A CDU de Guimarães criticou ainda a falta de transportes públicos para as freguesias mais distantes durante as festas, considerando-a um "desprezo" que impede muitos vimaranenses de participar no principal evento da cidade.

Em resumo

As Festas Gualterianas de 2025 demonstraram capacidade de adaptação ao substituir o fogo de artifício por sinos, mantendo o espírito da celebração. No entanto, o evento foi ensombrado por um incidente de segurança e por críticas à falta de mobilidade para os residentes das freguesias periféricas, evidenciando desafios na organização de eventos de grande dimensão.