Romaria d’Agonia em Viana do Castelo alia tradição a sustentabilidade e enfrenta polémica sobre vagas na Mordomia

No entanto, a organização enfrenta críticas de mulheres vianenses que pedem mais vagas para participar no icónico Desfile da Mordomia. As celebrações, que decorrem de 12 a 20 de agosto, são anunciadas pela iluminação de seis quilómetros de ruas, com ornamentações inspiradas nas tradições da festa. Manuel Vitorino, presidente da VianaFestas, sublinha a aposta em “soluções eficientes do ponto de vista energético, sem comprometer a beleza e o encanto que fazem da nossa iluminação uma verdadeira marca da Romaria”. A decoração da avenida principal, inspirada na cor dourada do ouro das mordomas e no vermelho dos lenços, utiliza materiais 100% recicláveis sempre que possível.

Contudo, a edição deste ano é marcada por uma controvérsia em torno do Desfile da Mordomia.

Um movimento de mulheres vianenses enviou uma carta ao autarca a apelar à abertura de mais 200 vagas, alegando que a limitação numérica “provocou desunião, divisão e discriminação”. As subscritoras defendem que o desfile é “um espaço de inclusão aberto a todas as mulheres” e que “nenhuma mulher, quem quer que seja, poderá ficar de fora”, especialmente as naturais de Viana do Castelo. Em resposta, a VianaFestas rejeitou as acusações de falta de transparência, embora não tenha sido detalhada a sua justificação nos artigos. A Feira de Artesanato, que arranca a 8 de agosto no Jardim Público com meia centena de artesãos, marca o início informal das festividades, contando com demonstrações ao vivo e o lançamento de uma peça exclusiva em filigrana.