Considerado o momento cultural mais relevante do concelho, o Cortejo Histórico e Etnográfico voltou a ser um dos pontos altos, celebrando a tradição e a identidade local.
A vereadora da Cultura, Susana Cruz, sublinhou a importância do cortejo, que envolve uma vasta participação da comunidade.
Pedro Beato, vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, marcou presença e destacou a autenticidade das festas, afirmando que estas atraem visitantes pela sua “matriz religiosa, cultural e patrimonial”.
Um dos aspetos notáveis da procissão deste ano foi a retoma da tradição dos “anjinhos”, com cerca de 30 crianças e jovens a recriarem figuras bíblicas, um costume que não se via há anos. Rafael Dias, Juiz da Irmandade de Nossa Senhora do Castelo, considerou que a presença do Arcebispo e dos “anjinhos” deu “um maior simbolismo, uma maior solenidade à procissão”. No entanto, as festividades foram afetadas pela Situação de Alerta devido ao risco de incêndio, o que levou ao adiamento do espetáculo de fogo de artifício para o dia 19 de agosto, uma decisão tomada para “cumprir integralmente as orientações nacionais de segurança e proteção civil”. A alvorada que tradicionalmente marca o início das festas também foi adaptada, realizando-se de forma silenciosa, sem o lançamento de foguetes.