As comissões organizadoras de diversos eventos viram-se forçadas a tomar decisões difíceis para cumprir as diretivas governamentais, que proibiam a “utilização de fogo de artifício ou outros artefactos pirotécnicos”. Na Romaria d’Agonia, em Viana do Castelo, a VianaFestas cancelou os espetáculos de sexta-feira e sábado e adiou a Serenata, sublinhando que a segurança de pessoas e bens era a prioridade. Em Coruche, o fogo de artifício das Festas em Honra de Nossa Senhora do Castelo foi adiado para 19 de agosto, após o concerto de Bárbara Tinoco, condicionado às condições meteorológicas. A Comissão de Festas em Honra da Virgem das Dores, em Monção, também anunciou o adiamento da sua tradicional sessão de fogo de artifício, justificando a decisão com a situação de alerta. De forma semelhante, nas Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem, na Ericeira, o espetáculo pirotécnico foi adiado para o último dia das festividades. A Comissão de Festas de Nossa Senhora das Dores foi ainda mais definitiva, cancelando o seu espetáculo de fogo de artifício sem previsão de nova data, reforçando que “a segurança e o respeito pelo momento difícil que o país atravessa estão acima de tudo”.
Estas decisões, embora lamentadas pelas organizações, demonstram uma crescente consciência e responsabilização perante os riscos associados às alterações climáticas e aos períodos de seca extrema.