Esta alteração gerou um debate sobre o impacto no movimento e nas vendas, com alguns produtores a relatarem uma quebra na afluência e no negócio nos momentos iniciais do certame.

A feira, organizada pelo Grupo Folclórico Os Camponeses de Vila Nova, continua a ser um pilar da cultura popular local, combinando a venda de réstias de cebolas, cujo preço variava entre dois e 15 euros, com artesanato e tasquinhas que servem gastronomia típica, como a sopa de cebola. Apesar da escassez de ceboleiros, a forte componente cultural, nomeadamente as noites de folclore com grupos locais, como Os Camponeses de Vila Nova e o Grupo Folclórico e Etnográfico da Ribeira da Mata, ajudou a compensar e a atrair público. A mudança de local, embora tenha redesenhado o recinto, procurou manter a essência do evento como um ritual de final de agosto que promove o comércio tradicional e a economia de proximidade. O apoio municipal foi visível, com um contributo financeiro direto de 5.000 euros, apoio logístico e isenção de taxas, demonstrando o reconhecimento institucional da importância da feira para a identidade da Baixa de Coimbra. A edição de 2025 serviu, assim, como um teste à capacidade de adaptação de uma tradição secular, equilibrando a necessidade de renovação do espaço com a manutenção da sua alma popular e comercial.