A única alteração ao programa foi o cancelamento do fogo de artifício, uma decisão tomada em respeito pela situação vivida.

A realização das festas, que arrancaram no sábado, poucos dias após o concelho ter estado “debaixo de fogo”, assume um significado particular de superação e regresso à normalidade.

O presidente da Câmara, Alexandre Vaz, destacou a forte participação popular, afirmando que, apesar de algumas reativações, a situação estava suficientemente controlada para permitir a continuação do evento. “Felizmente, já está tudo tão bem que decorrem as Festas de São Bernardo”, declarou o autarca, sublinhando a importância do evento para a comunidade, especialmente para os muitos emigrantes que visitam a terra natal nesta altura do ano. A decisão de manter as festividades, cancelando apenas o fogo de artifício, foi vista como um ato de responsabilidade que equilibrou a necessidade de celebrar com a sensibilidade exigida pelo contexto. O autarca contextualizou a dimensão da devastação, referindo uma área ardida “na ordem dos 2.700 hectares” e a perda de barracões, uma casa de madeira e pastos para animais, o que torna a celebração um ato ainda mais simbólico. As festas, com espetáculos musicais diários, funcionam como um ponto de encontro e de reafirmação da identidade comunitária num momento de grande adversidade, mostrando a capacidade da população de se reerguer após a tragédia.