A histórica Feira de São Mateus, em Viseu, continua a ser um ponto central na vida cultural e social da região, mas a sua edição de 2025 é marcada por um debate político sobre o seu futuro e por um cancelamento pontual em sinal de luto nacional. A programação musical de setembro promete atrair novamente milhares de visitantes, mantendo a tradição do certame. Com 633 anos de história, a Feira de São Mateus enfrenta um momento de escrutínio político. O candidato do CDS à Câmara de Viseu, Hélder Amaral, criticou duramente o estado atual do evento, considerando que este “se encontra a definhar” e é “um espelho de um concelho que já parou”. Durante uma visita ao certame, o candidato recolheu queixas de feirantes e apontou o vazio do pavilhão principal como um sintoma da “morte lenta” da feira. “Pagamos mais, os comerciantes pagam mais, dizem que há recordes de entradas e tudo isto acontece com a feira a morrer”, afirmou Hélder Amaral, questionando a capacidade de gestão da autarquia.
Em contraste com a polémica, a programação musical para setembro mantém-se forte, com artistas como Nena, Mariza, a banda Táxi e Rita Guerra. No entanto, a organização, Viseu Marca, anunciou o cancelamento de todas as atividades previstas para 4 de setembro, em respeito pelo dia de luto nacional decretado em memória das vítimas do acidente com o Elevador da Glória em Lisboa.
Em resumoA Feira de São Mateus em Viseu mantém a sua relevância com uma forte programação musical em setembro, mas enfrenta críticas políticas sobre a sua gestão e vitalidade. A denúncia de um declínio do certame contrasta com a continuidade de uma agenda cultural atrativa, enquanto a suspensão de atividades por luto nacional demonstra a sensibilidade do evento a acontecimentos de grande impacto.