A feira, promovida pelo município, pretendeu aliar "tradição e inovação", valorizando os saberes locais e promovendo os produtos endógenos.

Michelle Rosa, da associação de produtores Go Figo, salientou o "papel crucial" do evento na dinamização da atividade, descrevendo o figo preto local como "único no mundo" devido ao microclima e solos da região.

No entanto, a produtora alertou que a produção atual "nunca chega" para satisfazer a procura, defendendo "preços justos para manter a qualidade e a sustentabilidade" de um setor que exige muita mão de obra. Um dos grandes objetivos dos produtores é avançar com a certificação de origem do figo de Torres Novas para garantir "maior proteção e valorização comercial". A Go Figo já iniciou este processo com a criação da marca coletiva "Figo de Torres Novas".

A feira não só proporcionou um espaço de comercialização, mas também de debate sobre o futuro do setor, reforçando a sua importância como um evento estratégico para os produtores e para a identidade do concelho.