O protesto, estrategicamente realizado três dias antes das eleições autárquicas, visou chamar a atenção para os impactos negativos do turismo e da vida noturna no bem-estar dos residentes.

As notícias descrevem uma manifestação criativa e de forte impacto visual, na qual os participantes se deitaram sobre 200 mantas de emergência douradas em frente à Câmara Municipal.

A associação "Aqui Mora Gente" explicou o simbolismo: "São ao mesmo tempo camas e sinais: camas que evocam milhares de noites mal dormidas pelos residentes, e sinais de alarme, declarando a emergência vivida por quem sofre as consequências da inação".

O protesto destacou um conjunto de problemas interligados: "níveis intoleráveis de ruído, insegurança, sujidade e insalubridade, degradação e descaracterização do espaço público, e condições de funcionamento dos estabelecimentos comerciais".

O evento encapsula a crescente tensão em Lisboa entre as atividades económicas, nomeadamente o turismo, e o direito fundamental dos residentes a uma vida pacífica.

O formato 'flash mob' foi escolhido para criar "uma imagem fugaz, mas de enorme potência coletiva", transformando um espaço público num simbólico "dormitório público" para representar "uma cidade acordada contra a sua própria vontade".