Este marco histórico reforça a importância do certame como um pilar da identidade cultural e económica da região, enchendo as ruas da vila com vida, comércio e convívio. A longevidade da feira, que este ano calha a um sábado, é um testemunho da sua resiliência e da sua profunda ligação à comunidade. O evento transforma Mação num ponto de encontro que vai muito além da simples atividade comercial, sendo um espaço de reencontro para famílias e amigos. As ruas enchem-se de “vida, cheiros e sons característicos”, onde se destacam as tasquinhas, o artesanato e os produtos da época, como os frutos secos, que são uma imagem de marca do outono na região. A celebração de um aniversário tão significativo como os 225 anos sublinha o papel das feiras tradicionais na preservação do património imaterial. Estes eventos funcionam como guardiões de saberes, sabores e práticas sociais que definem a identidade de um território. Para um concelho do interior como Mação, a Feira dos Santos representa também um importante impulso para a economia local, atraindo visitantes de toda a região e proporcionando uma plataforma para os produtores e artesãos locais escoarem os seus produtos. A continuidade da feira ao longo de mais de dois séculos demonstra a sua capacidade de adaptação, mantendo a sua essência popular e o seu caráter de celebração comunitária, resistindo às mudanças sociais e económicas e afirmando-se como um evento incontornável no calendário anual de Mação.