A Feira, que decorreu entre 7 e 16 de novembro, é um dos certames mais emblemáticos do país, celebrando o cavalo lusitano e as tradições equestres. O diretor do evento, José de Castro Canelas, destacou a riqueza da candidatura a património, que reúne um acervo documental com cerca de duas mil páginas, incluindo registos que remontam ao século XIX e à instituição da feira por D. Sebastião em 1571. A ambição é que, após a aprovação nacional, o passo seguinte seja a submissão à UNESCO, um processo que visa reconhecer o valor único do evento.

José de Castro Canelas descreve a feira como uma “romaria, com trajes tradicionais, convívio, fado e gastronomia”, distinguindo-a de outras concentrações equestres pelo seu foco no lazer.

A importância económica também foi sublinhada, com o cavalo lusitano a ser considerado um “produto agrícola para a economia nacional e com grande projeção internacional”. A segurança foi uma prioridade, com a GNR a mobilizar um dispositivo que resultou em 44 detenções, a maioria por condução sob o efeito do álcool.

A autarca de Benavente, Sónia Ferreira, marcou presença e manifestou a intenção de integrar o seu município na Associação de Municípios Portugueses do Cavalo, reconhecendo a forte ligação do Ribatejo ao mundo equestre. A feira foi ainda palco de momentos românticos, como um pedido de casamento protagonizado por um cavaleiro, que captou a atenção dos presentes.