Até agora, o evento dividia-se entre Benavente e Samora Correia, mas a nova presidente da câmara, Sónia Ferreira (AD), optou por realizar um único mercado, de 11 dias, no Parque 25 de Abril em Benavente. A autarca justificou a decisão com a necessidade de reduzir custos e criar um evento "em grande" com mais qualidade e atrações, alegando que Samora Correia não possuía um espaço com as condições necessárias para a dimensão pretendida. No entanto, a medida foi recebida com indignação por moradores e pela Associação Social Amigos de Samora Correia, que acusam o município de comprometer tradições e de reforçar "clivagens sociais e territoriais".

Nas redes sociais, surgiram críticas como "fomos excluídos do Natal".

A situação escalou com a criação de uma petição que recorda que Samora Correia foi sede de concelho até 1836 e defende que a sua identidade e dinâmica social justificam a autonomia administrativa. Em resposta, Sónia Ferreira garantiu que a decisão foi "um ato de responsabilidade" e não "uma afronta", prometendo que em 2026 o evento se realizará em Samora Correia, num modelo de alternância anual entre as duas localidades. A autarca apelou ao fim das "manobras de usar as pessoas para colocar uma freguesia contra a outra", afirmando que o objetivo é combater os "divisionismos que têm sido criados ao longo dos anos".