Estes eventos, que consistem na construção de uma fogueira monumental para ser acesa na noite de Natal, mobilizam as comunidades locais num esforço coletivo que reforça a identidade e os laços sociais.

Em Penamacor, o evento ganhou a designação “Vila Madeiro”, com a localidade a reclamar o título de “Maior Madeiro de Portugal”.

A chegada dos troncos, transportados por um desfile de 21 tratores desde o Recinto de Nossa Senhora do Incenso até ao Adro da Igreja Matriz, constitui o ponto alto dos preparativos.

O presidente da Câmara, José Miguel Oliveira, descreveu a tradição como “uma marca que nos define e nos orgulha”, sublinhando o papel do executivo anterior no crescimento e projeção do evento.

A fogueira é o elemento central de um programa mais vasto que inclui mercados, música e animação, transformando um ritual antigo num produto turístico que atrai visitantes.

De forma semelhante, a população de Idanha-a-Nova uniu-se para erguer o seu madeiro junto à Igreja Matriz, num momento de confraternização acompanhado por cantares tradicionais ao “Menino Jesus”.

O grupo motociclista “Sem Rotas na Raia” organizou ainda a “Rota dos Madeiros”, um percurso que celebra esta tradição em vários concelhos.

Estas iniciativas demonstram como o Madeiro de Natal transcende o ato de acender uma fogueira, representando um poderoso símbolo de união, memória coletiva e resistência cultural das comunidades do interior.