Penamacor prepara-se para acender o "Maior Madeiro de Portugal", uma tradição ancestral que se tornou o epicentro das celebrações natalícias da vila. O evento simboliza a união da comunidade e atrai inúmeros visitantes, que se reúnem para assistir à queima da monumental fogueira na noite de 23 para 24 de dezembro. Descrito como "um gesto antigo que resiste ao tempo", o Madeiro é mais do que um amontoado de troncos; representa um "coração coletivo" que une a comunidade. A organização do evento é uma responsabilidade da "Malta do Ano", um grupo de jovens que completa vinte anos e que, no âmbito das festividades, também promoveu um passeio pedestre com a plantação de 50 sobreiros, numa iniciativa que liga a tradição à sustentabilidade. A celebração não se limita ao acender da fogueira, estendendo-se por vários dias com um programa que inclui um mercado de Natal com mais de sessenta expositores, gastronomia, música e atividades culturais. A programação musical é diversificada, com coros, bandas e vozes coletivas, criando um espaço de comunhão onde "o sagrado e o profano convivem sem fronteiras rígidas".
O evento é apresentado como um ato coletivo, profundo e verdadeiro, onde "o passado aquece o presente".
A autarquia esteve presente nas festividades do Hanucá da comunidade judaica local, reforçando a coesão social num concelho onde a população estrangeira já representa mais de 10%.
A mensagem central do Madeiro é a da vivência comunitária: "não se acende para ser visto; acende-se para ser vivido", transformando o espaço público num lugar de encontro e memória.
Em resumoO Madeiro de Penamacor, conhecido como o maior do país, transcende a sua dimensão física para se afirmar como um poderoso ritual de coesão comunitária. Organizado pela juventude local, o evento integra tradição, sustentabilidade e uma vasta programação cultural, reforçando a identidade da vila e atraindo numerosos visitantes para uma celebração coletiva do Natal.