A autarquia local recebeu este legado e continua a cumprir a vontade da “senhora”.

A identidade desta benfeitora foi recentemente alvo de um estudo do historiador Daniel Martins, apresentado no livro “Magusto da Velha, Uma Pitança pelo Bem da Alma”. A investigação defende que a figura histórica por detrás da lenda é Guiomar Gil, da Casa de Riba Vizela e monja do Mosteiro de Tarouca, que no século XIV terá deixado em testamento que, no dia 26 de dezembro, fossem distribuídas castanhas e vinho pelo povo. A tradição, descrita como “única no mundo”, continua a ser um momento de forte identidade comunitária, onde os participantes se juntam para apanhar avidamente as castanhas atiradas da torre, num gesto que perpetua a memória de um ato de caridade e reforça os laços da comunidade.