O Comité de Solidariedade com a Palestina acusou os organizadores de quererem transformar Portugal num "porto seguro para quem cometeu crimes de guerra e contra a humanidade".

A controvérsia gerou uma onda de queixas junto da Câmara Municipal, que, segundo o seu presidente, Vítor Figueiredo, não se limitavam à questão política. As reclamações apontavam também a ausência de informações fiscais no site do evento, a gestão da bilheteira a partir de Israel sem cobrança de IVA e, crucialmente, o risco de incêndio devido ao uso de pirotecnia numa zona florestal. O autarca confirmou ao "Público" que o cancelamento oficial se deveu a um parecer negativo, justificado pela "grande quantidade de produto combustível que existe no terreno".

A organização do festival rejeitou as acusações, alegando ser alvo de uma campanha de "ódio e difamação" e afirmando: "Não somos o nosso país, não somos o nosso Governo".

A polémica levou também à desistência de vários artistas, incluindo o português Renato Oliveira, conhecido como Till Sunday Pirate.