Pela primeira vez com quatro dias de duração, o festival transformou a Vila Adentro num epicentro cultural, atraindo milhares de visitantes e alcançando, ao longo da sua história, a marca de 400 mil espetadores. O sucesso da décima edição, que decorreu de 4 a 7 de setembro, não se mediu apenas em números, mas no seu impacto comunitário e na consolidação de um “sentimento de pertença e de reencontro anual”. Segundo Paulo Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Faro, o foco já não está em quebrar recordes de assistência, mas em reconhecer o evento como “património cultural e emocional da cidade”. Com nove palcos e cerca de uma centena de atuações, o cartaz refletiu a diversidade da produção musical nacional, juntando artistas consagrados como Pedro Abrunhosa, Ana Moura e Diogo Piçarra, com talentos emergentes e nomes de culto como Mundo Segundo & Sam The Kid.
Um dos momentos altos foi o concerto de Dino D’Santiago acompanhado pela Orquestra Clássica do Algarve, simbolizando a capacidade do festival de criar espetáculos únicos.
O evento, organizado pela Câmara Municipal de Faro, Teatro das Figuras, Ambifaro e Sons em Trânsito, expandiu-se para além da música, com uma programação que incluiu artes performativas, tertúlias, atividades infantis e exposições, reforçando a sua identidade como uma experiência cultural completa. Após uma década, o Festival F não é apenas uma montra de música, mas um motor de dinamização para o centro histórico e um símbolo identitário para Faro.