A programação destacou-se pela sua abordagem transdisciplinar e comunitária.

Um dos momentos centrais foi a “Marcha de TODOS”, um espetáculo de rua que reuniu centenas de artistas de mais de 20 nacionalidades, celebrando a diversidade através da música e da dança. O festival aprofundou também a reflexão sobre os estereótipos associados ao bairro através de projetos como a exposição de fotografia encenada da artista italiana Valentina Vannicola, que procurou captar a essência de Arroios. A peça de teatro “Viemos Roubar os Vossos Maridos”, de Maria Giulia Pinheiro, inspirada no caso das “Mães de Bragança”, abordou criticamente temas como o machismo e a xenofobia.

O programa incluiu ainda debates, como o que contou com a atriz Lucélia Santos sobre a causa amazónica, e concertos, com destaque para a banda Ayom, que trouxe os ritmos afro-brasileiros ao Largo do Intendente.

A iniciativa “Mi Casa es su Casa” abriu as portas de residências privadas para experiências gastronómicas e musicais, reforçando o objetivo do festival de criar “proximidade verdadeira entre pessoas que, apesar de partilharem o mesmo espaço, muitas vezes vivem em mundos separados”.