Várias televisões públicas, como as de Espanha, Irlanda, Países Baixos e Eslovénia, já anunciaram publicamente que ponderam boicotar o evento caso a União Europeia de Radiodifusão (UER) não vete a participação israelita.

O governo espanhol, através do presidente Pedro Sánchez, defendeu uma posição firme, declarando: “Se ninguém se escandalizou quando começou a invasão da Rússia e foi exigida a sua exclusão de competições internacionais e da Eurovisão, não deveria então fazê-lo com Israel.

Não podemos permitir padrões duplos na cultura”.

Em Portugal, a voz mais proeminente nesta matéria tem sido a de Salvador Sobral, vencedor da Eurovisão em 2017, que apelou a uma tomada de posição clara: “Desde que o genocídio é declarado, é óbvio que Israel não pode estar na Eurovisão a cantar canções de circo”.

A RTP, embora não tenha feito uma declaração oficial, agendou uma reunião com a UER para discutir o assunto, e a mudança no regulamento é vista como uma medida de precaução.

Paralelamente, o Festival da Canção 2026 introduz novidades como a “Prova de Acesso” para estudantes de música, demonstrando um esforço de renovação interna enquanto o futuro da sua ligação à Eurovisão permanece em aberto.