A iniciativa surge após o sucesso de uma colaboração anterior dedicada à música brasileira, focando-se agora no repertório que define as suas carreiras. Este novo projeto, agendado para 13 e 14 de novembro no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e 22 de novembro na Super Bock Arena, no Porto, é uma celebração do Fado e da amizade que une os três intérpretes.

Após uma digressão bem-sucedida onde exploraram clássicos da música brasileira, os artistas sentiram a necessidade de regressar às suas raízes.

“Correu muito bem e depois quisemos fazer a nossa música mesmo, porque ainda por cima é a música que crescemos a ouvir e a fazer, que é Fado”, afirmou Camané em entrevista à Lusa. Embora partilhem o gosto pelo Fado como “grande referência”, António Zambujo destaca o que os distingue: “A visão sobre a própria música, sobre a interpretação.

(...) cada um tem a sua forma de transmitir essa mensagem.

Isso é, felizmente, o que nos separa”.

O alinhamento dos espetáculos incluirá fados tradicionais e temas originais de cada um, mas servirá apenas como ponto de partida. Ricardo Ribeiro revelou que haverá uma “parte muito grande de improvisação, porque cada um vai contando histórias, vamos puxando à colação coisas que cada um viveu”. A cumplicidade entre os três será um elemento central, transpondo para o palco a admiração mútua, evidenciada quando nomeiam os fados que mais gostam de ouvir nas vozes uns dos outros, como “Súplica” cantado por Camané ou os fados tradicionais na voz de Ricardo Ribeiro.