O concerto de abertura ficou a cargo do aclamado saxofonista norte-americano Immanuel Wilkins, que apresentou o seu projeto "Blues Blood" no Centro Cultural Vila Flor. O início do Guimarães Jazz marca um momento importante no calendário cultural nacional, reafirmando o compromisso da cidade com a promoção do jazz contemporâneo e de vanguarda. A escolha de Immanuel Wilkins para a abertura é sintomática da linha programática do festival, que, segundo o programador Ivo Martins, "tenta congregar (...) diversas fórmulas" que apresentam "o mais possível jazz diferente". Wilkins, um nome em ascensão na cena internacional, trouxe uma formação alargada com três vocalistas para homenagear a tradição musical afro-americana, estabelecendo o tom para um festival que valoriza tanto a herança como a inovação.
A programação estende-se até 15 de novembro e inclui uma lista de artistas internacionais como Fred Hersch, Mark Turner e Danilo Pérez, a par de nomes nacionais. O festival não se limita aos concertos nos palcos principais, mas expande-se pela cidade com *jam sessions* e oficinas, fomentando um ambiente de partilha.
A presença da cantora Maria João, que celebra 40 anos de carreira com a Orquestra de Guimarães, sublinha a forte ligação do evento à comunidade musical portuguesa. O Guimarães Jazz continua a ser uma plataforma crucial para o diálogo entre diferentes geografias e gerações do jazz, mantendo a sua identidade de "festival da liberdade".














