O comunicado conjunto, assinado por nomes como Cristina Branco, Bateu Matou, Djodje e Rita Dias, fundamenta a sua posição numa base de princípios éticos e de defesa dos Direitos Humanos. Os artistas afirmam que “não compactuamos com a violação dos Direitos Humanos” e traçam um paralelo com a exclusão da Rússia em 2022, após a invasão da Ucrânia, questionando a dualidade de critérios da União Europeia de Radiodifusão (UER). “Foi com espanto que constatámos que não foi dado o mesmo destino a Israel, que está, segundo a ONU, a cometer atos de genocídio contra os palestinianos em Gaza”, escrevem os subscritores.
Este movimento representa uma tomada de posição política significativa no seio da comunidade artística portuguesa, que utiliza a sua visibilidade para pressionar a organização do festival e a emissora pública nacional. A ação coletiva coloca em causa não apenas a participação de Portugal, mas também a própria imagem do Festival da Canção, que se vê no centro de uma controvérsia internacional antes mesmo de as suas canções serem conhecidas. A decisão dos artistas reflete uma crescente politização do evento, que, apesar de se declarar apolítico, enfrenta uma pressão cada vez maior para se posicionar perante conflitos globais.














