Esta declaração cria uma divisão no seio dos artistas nacionais e introduz uma nova dinâmica na controvérsia em torno da participação de Israel. Através de uma publicação no Instagram, o quinteto de Beja esclareceu a sua posição, sublinhando a crença no poder unificador da música. “Acreditamos no poder das canções para aproximar pessoas, criar comunidade e lembrar-nos de quem somos”, escreveram.
O grupo fez questão de notar que, internamente, existem sensibilidades e opiniões distintas sobre temas complexos, e que, por isso, não assumem uma posição política única.
“Cada um pensa por si, com respeito mútuo, e é dessa diversidade que também nasce a nossa música”.
A sua decisão de participar, caso sejam os escolhidos, é apresentada como um ato de responsabilidade e dignidade.
“Se um dia o público e o júri entenderem que uma canção nossa deve vencer, representaremos Portugal com responsabilidade, respeito e dignidade.
Levaremos connosco aquilo que nos define, o Cante, as raízes, a amizade e o sonho de levar o Alentejo aos quatro cantos do mundo”.
Esta postura demarca-os claramente do movimento de boicote e oferece à RTP uma alternativa clara, caso a controvérsia se intensifique, ao mesmo tempo que reflete a complexidade do debate dentro da própria comunidade artística.













