Na esfera internacional, países como Espanha, Irlanda, Países Baixos, Eslovénia e Islândia anunciaram oficialmente que não participarão na 70.ª edição do concurso.
Stefan Eiriksson, diretor-geral da estação pública islandesa RÚV, afirmou que a participação de Israel “criou desunião” e que, perante as circunstâncias, o seu país se iria afastar.
A polémica foi amplificada quando Nemo, artista suíço que venceu a edição de 2024, anunciou a devolução do seu troféu em protesto.
“Sinto que o troféu já não tem lugar na minha estante”, escreveu, criticando o desalinhamento entre os valores de “unidade, inclusão e dignidade” defendidos pelo festival e as decisões da organização.
Em Portugal, a contestação ganhou uma dimensão inédita.
Um grupo de 17 artistas e bandas concorrentes ao Festival da Canção 2026, incluindo nomes como Cristina Branco, Bateu Matou e Djodje, emitiu um comunicado conjunto a anunciar a recusa em representar Portugal caso vençam a final nacional.
“Não compactuamos com a violação dos Direitos Humanos”, afirmaram, lamentando que a RTP tenha votado a favor da participação de Israel.
Posteriormente, o músico Dinis Mota juntou-se ao boicote, propondo a organização de um concerto solidário na Áustria.
Em contraponto, os Bandidos do Cante afirmaram que, se vencerem, irão “representar Portugal com responsabilidade, respeito e dignidade”.
Perante este cenário, a RTP reafirmou a sua participação na Eurovisão, admitindo a possibilidade de enviar o segundo ou terceiro classificado do Festival da Canção, caso o vencedor se recuse a participar.














