Esta aceleração, embora crucial para a economia, representa um encargo crescente nas contas do Estado, condicionando a margem orçamental para os próximos anos.
Teresa Fiúza, Chief Investment Officer do BPF, atribui esta melhoria de performance a um maior foco nos investimentos, rigor, transparência e proximidade com as empresas e investidores.
Programas como o Consolidar e o Venture Capital, de investimento indireto, e os programas de investimento direto como a Recapitalização Estratégica, viram os seus montantes executados aumentar de forma expressiva.
No entanto, o impacto orçamental desta execução é uma preocupação central nas projeções para 2026. O relatório de políticas invariantes do Governo já aponta para um condicionamento de 4,5 mil milhões de euros no Orçamento do Estado para 2026, valor ao qual se somará a despesa executada no âmbito do PRR, estimada em cerca de três mil milhões de euros para esse ano. O Banco de Portugal nota que o perfil de execução do PRR, especialmente a componente de empréstimos, terá um impacto negativo no saldo orçamental, com maior pronúncia em 2026.
Este fator é uma das razões pelas quais a instituição prevê um regresso ao défice nesse ano, contrariando a perspetiva do Governo.