Subida Contínua das Taxas Euribor Aumenta Pressão sobre o Crédito

As taxas Euribor registaram novas subidas nos prazos a três, seis e doze meses, mantendo a tendência de valorização que impacta diretamente o custo do crédito em Portugal. A Euribor a seis meses, principal indexante nos créditos à habitação de taxa variável, continua a ser a mais representativa. Numa das sessões reportadas, a taxa a seis meses subiu para 2,089%, a de doze meses para 2,162% e a de três meses para 2,075%. De acordo com dados do Banco de Portugal referentes a junho, a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, seguida pela de doze meses (32,28%) e pela de três meses (25,58%). Esta subida ocorre num contexto em que o Banco Central Europeu (BCE), na sua última reunião de política monetária em julho, manteve as taxas diretoras inalteradas, após um ciclo de oito reduções iniciado em junho de 2024. As perspetivas dos analistas dividem-se: enquanto uns antecipam a manutenção das taxas até ao final do ano, outros preveem um novo corte de 25 pontos base já em setembro. A próxima reunião do BCE, agendada para 10 e 11 de setembro, será crucial para definir o rumo da política monetária e, consequentemente, a evolução das Euribor, que são fixadas pela média das taxas a que um conjunto de bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si.

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Em resumo

A tendência de subida das taxas Euribor persiste, encarecendo o custo dos empréstimos para famílias e empresas em Portugal, especialmente no crédito à habitação. A evolução futura destes indexantes está dependente das próximas decisões do Banco Central Europeu, que enfrenta o desafio de equilibrar o controlo da inflação com o estímulo ao crescimento económico.

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