A avaliação da dívida soberana de Portugal atingiu um patamar de excelência, com as principais agências de 'rating' a classificarem o país no nível 'A'. Esta consolidação, que culminou com a recente subida para 'A+' pela S&P, reflete a melhoria das contas públicas e a trajetória de redução da dívida, marcando uma viragem completa desde o período em que o país esteve no nível de 'lixo'. A Standard & Poor's (S&P) foi a última agência a rever a notação de Portugal, melhorando-a de 'A' para 'A+' em agosto, justificando a decisão com a expectativa de que o país "deverá registar excedentes moderados e continuará a melhorar as suas métricas financeiras externas".
Esta subida junta-se às classificações já favoráveis da DBRS, que avalia a dívida em 'A (elevado)', e da Moody's, em 'A3'.
A Fitch tem uma revisão agendada para 12 de setembro.
Esta trajetória positiva é o resultado de uma política orçamental focada na redução da dívida pública, que se situava em 126% do PIB em 2017 e que no primeiro trimestre de 2025 já estava em 96,3%, com a S&P a projetar que atinja 84% em 2028. O Ministério das Finanças destacou que a decisão da S&P resulta da "política orçamental prudente e sólida que Portugal tem seguido" e que, nesta agência, apenas nove países da Zona Euro têm uma notação superior.
Este cenário contrasta fortemente com o de 2017, quando a S&P foi a primeira a retirar Portugal do patamar de investimento especulativo ('lixo').
Em resumoA bem-sucedida estratégia de consolidação orçamental e de redução da dívida de Portugal foi recompensada com 'upgrades' consistentes por parte das agências de 'rating', colocando o país firmemente na categoria 'A'. Esta credibilidade financeira reforçada aumenta a confiança dos investidores e assinala uma notável recuperação económica desde os anos da crise.