As taxas Euribor, principais indexantes dos créditos à habitação em Portugal, registaram movimentos mistos no início de setembro. Enquanto as taxas a seis e doze meses subiram ligeiramente, a taxa a três meses apresentou uma descida, mantendo-se a expectativa de que o Banco Central Europeu mantenha as suas taxas diretoras na próxima reunião. A taxa Euribor a seis meses, que é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu para 2,105%.
De acordo com dados do Banco de Portugal referentes a julho, este indexante representava 37,96% do 'stock' de empréstimos para habitação própria. No prazo de doze meses, a taxa avançou para 2,184%, enquanto a Euribor a três meses recuou para 2,034%.
Estas flutuações ocorrem numa semana em que se realiza a reunião de política monetária do BCE, com os analistas a anteciparem a manutenção das taxas diretoras, após um ciclo de oito reduções iniciado em junho de 2024.
As médias mensais de agosto já tinham registado subidas nos três prazos, com a taxa a três meses a apresentar o aumento mais acentuado.
As Euribor são fixadas diariamente com base nas taxas a que um conjunto de bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Em resumoAs taxas Euribor continuam a flutuar, com as maturidades mais longas a subirem e a mais curta a descer no início de setembro. Esta volatilidade ocorre num contexto de expectativa de estabilidade por parte do BCE, sendo a Euribor a seis meses o indexante que continua a ter o maior impacto nos contratos de crédito à habitação em Portugal.