Entre os países analisados, cinco implementaram aumentos, incluindo a República Checa, a Islândia e a Eslovénia, enquanto apenas três procederam a cortes: Portugal, Áustria e Luxemburgo.

A medida em Portugal, que reduz a taxa de 21% para 20%, foi aprovada no Parlamento e será objeto de debate agendado para 18 de setembro. A OCDE nota que os aumentos de impostos noutros países foram motivados pela necessidade de aumentar as receitas para fazer face a despesas crescentes, nomeadamente com a defesa. A decisão portuguesa alinha-se com as reivindicações das confederações empresariais nacionais, como a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), que veem na redução do IRC um estímulo ao investimento. Apesar da inversão de tendência, a OCDE salienta que as taxas de IRC a nível global permanecem em valores "historicamente baixos", com uma média de 21,1% em 2024, longe dos 28% registados em 2000.