O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) consolidou a sua posição no panorama financeiro internacional, alcançando o 48.º lugar no ranking europeu de fundos de pensões por ativos sob gestão. Este marco, divulgado pela Investment & Pensions Europe, sublinha a robustez da chamada “almofada” das pensões portuguesas, que atingiu um valor histórico de 40,6 mil milhões de euros em ativos sob gestão no final de agosto de 2025. Este crescimento significativo foi impulsionado por uma transferência recorde de mais de 4 mil milhões de euros do saldo do sistema previdencial da Segurança Social no início do ano. O valor atual do fundo equivale a 14% do PIB português e cobre mais de 210% da despesa anual com pensões. O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) destacou que “o reconhecimento internacional do FEFSS traduz a sua relevância e solidez no quadro europeu”.
Apesar do desempenho positivo, persistem desafios estruturais.
A obrigação legal de manter pelo menos 50% da carteira investida em dívida pública portuguesa tem sido apontada como um constrangimento à rentabilidade.
José Vidrago, gestor do fundo, criticou esta limitação, argumentando que o fundo apresenta “um grau de aversão ao risco excessivo” face aos seus objetivos de longo prazo.
Para mitigar estas limitações, a carteira foi reorganizada em quatro sub-portefólios distintos, uma medida que, segundo o MTSSS, permitiu “reforçar a transparência e a disciplina de gestão”.
O fundo mantém um perfil de baixo risco e custos de gestão de apenas 0,02% dos ativos, posicionando-se como um dos mais eficientes a nível internacional.
Em resumoO FEFSS alcançou um marco histórico ao superar os 40 mil milhões de euros em ativos e ser reconhecido entre os maiores fundos de pensões europeus, reforçando a sustentabilidade do sistema de pensões. No entanto, a sua rentabilidade continua condicionada pela obrigação legal de investir uma parte significativa em dívida pública nacional.