A associação argumenta que o Novo Banco, o chamado "BES Bom", só se tornou um ativo valioso porque foi capitalizado com provisões que deveriam ter coberto a venda destes produtos, bem como com dinheiro dos contribuintes, o que torna as vítimas "duplamente lesadas".

O presidente da ABESD, Francisco Carvalho, afirma que "o BdP e Governos usaram as nossas poupanças e nos tentaram afastar do processo".

Os lesados sentem-se discriminados, uma vez que já foi encontrada uma solução para os clientes que compraram os mesmos produtos em agências de Portugal Continental, através de um fundo gerido pela Patris. A ABESD aguarda há anos pela autorização do Governo para a criação de um fundo de recuperação semelhante, uma solução que afirmam estar prevista na Resolução da Assembleia da República 44/2018, mas que nunca foi implementada. Com a venda do Novo Banco, apelam para que não os "apaguem da equação" e exigem a criação de uma "cláusula de equidade" que reserve parte dos dividendos e lucros para os compensar.