Numa intervenção na abertura de uma conferência internacional sobre ética e independência em auditoria, o ministro salientou o papel essencial da informação financeira de qualidade e do compromisso com a ética para a credibilidade do setor. Miranda Sarmento invocou as "lições sérias" de escândalos passados, como os colapsos da Enron e do Lehman Brothers, e referiu-se também a "episódios com instituições bancárias nacionais", para ilustrar como "relatórios distorcidos e auditorias deficientes podem ter consequências devastadoras".
O governante sublinhou que a responsabilidade não é exclusiva de contabilistas e auditores, mas sim partilhada por todos os intervenientes do mercado. "Bancos, as seguradoras, os gestores de ativos e os reguladores partilham o dever de manter os padrões éticos", afirmou. Perante novos desafios como a transformação digital, a inteligência artificial e a crescente importância dos relatórios de sustentabilidade, o ministro considerou que a manutenção de padrões éticos se torna "ainda mais crítica", defendendo que a conduta ética funciona como uma "forma de regulação preventiva, fortalecendo a resiliência e a confiança" de todo o sistema.














