No que toca à política monetária, o futuro governador alinhou-se com uma visão mais restritiva, assegurando não ser uma “pomba”, e previu que as taxas de juro na Europa “vão-se manter durante algum tempo estáveis”, com decisões futuras dependentes da evolução dos dados económicos. Sobre o setor bancário, defendeu a importância de uma “banca saudável e com lucros para que a economia funcione bem” e considerou ser importante fomentar a consolidação bancária a nível europeu.

Abordou também temas polémicos, como a nova sede do BdP, prometendo total colaboração com a Inspeção-Geral das Finanças, e distanciou-se do seu antecessor ao afirmar que, terminado o seu mandato, não ficará como consultor do banco. A sua nomeação ocorre num contexto em que terá de se adaptar à cultura do banco central, supervisionar a venda do Novo Banco e gerir a relação institucional com o Governo e o Banco Central Europeu.