Esta foi a primeira redução desde dezembro de 2024 e assinala uma mudança de foco do banco central, que agora demonstra maior preocupação com o arrefecimento da economia e do mercado de trabalho do que com as pressões inflacionistas. O presidente da Fed, Jerome Powell, justificou a decisão afirmando que “o que mudou agora é que se vê um quadro diferente dos riscos para o mercado de trabalho”, sublinhando que o abrandamento na criação de empregos tornou oportuna uma flexibilização da política monetária. A medida, que já era antecipada pelos mercados, corresponde parcialmente às insistentes exigências do ex-presidente Donald Trump por uma política de juros mais baixos, embora o corte tenha sido mais moderado do que o pretendido.

A decisão teve um impacto imediato nos mercados financeiros, com as bolsas europeias a reagirem em alta.

Apesar do corte, a Fed reviu em alta a sua previsão de crescimento para a economia americana para 1,6% este ano e manteve inalteradas as projeções para a inflação e o desemprego.

Analistas consideram que a Fed está a realizar um corte de “gestão de riscos” e que futuras decisões dependerão da evolução dos dados económicos, sendo tomadas “reunião a reunião”.