Entre os beneficiários portugueses destaca-se António Ramalho, que presidiu ao banco entre 2016 e 2022 e que, segundo a imprensa, poderá receber um prémio entre sete a dez milhões de euros. A atribuição destes prémios está a gerar forte indignação, dado que ocorreram num período em que o Novo Banco recebeu 3,4 mil milhões de euros do Fundo de Resolução, um mecanismo financiado pelo setor bancário mas com garantia do Estado. A polémica reacende o debate sobre a moralidade e a justiça na distribuição de ganhos avultados em instituições que beneficiaram de apoio público para evitar o colapso. O valor total dos prémios, 1,1 mil milhões, representa quase um terço do apoio público mobilizado através do Fundo de Resolução.
Além de Ramalho, outros gestores portugueses como José Eduardo Bettencourt e Vítor Fernandes, bem como executivos da Lone Star, incluindo o seu fundador John Grayken, estão na lista de beneficiários.
A situação levanta questões sobre a supervisão e os mecanismos de controlo aplicados a entidades financeiras resgatadas, especialmente quando os lucros resultantes da sua reestruturação e venda são distribuídos de forma tão significativa entre os seus gestores.














