Foi aprovada na generalidade a proposta de lei do Governo que cria um regime especial de IVA para grupos de empresas. A medida permitirá que entidades com vínculos financeiros, económicos e organizacionais consolidem os seus saldos de IVA, otimizando a gestão de tesouraria e reduzindo custos administrativos. O novo modelo, que obteve os votos favoráveis de PSD, CDS-PP, Chega e IL, dirige-se a empresas que pertençam ao mesmo grupo económico e que mantenham entre si “estreitos vínculos financeiros, económicos e de organização”.
Na prática, o regime consiste na “consolidação dos saldos do imposto a entregar ou a recuperar por parte dos membros de um grupo societário”. A consolidação será efetuada através de uma declaração de IVA única, disponibilizada pela Autoridade Tributária e confirmada pela entidade dominante do grupo.
No entanto, as empresas integrantes continuarão a submeter as suas declarações periódicas individuais, apurando o respetivo saldo, que será depois relevado na declaração do grupo. O Governo explicou na proposta que o novo regime não afeta o funcionamento normal das atividades das empresas, que continuarão a liquidar e a deduzir o imposto nas suas operações.
A elaboração da proposta teve em conta a experiência adquirida com o regime de tributação de grupos em IRC e os contributos do “Fórum dos Grandes Contribuintes”.
Em resumoO Parlamento aprovou a criação de um regime de grupos de IVA, que permitirá a consolidação fiscal deste imposto para empresas do mesmo grupo económico. A medida visa simplificar processos e melhorar a gestão de tesouraria das empresas, alinhando o tratamento do IVA com práticas já existentes noutros impostos como o IRC.