As suas declarações abrangeram os principais desafios económicos e financeiros que o país enfrenta.
Perante a Comissão de Orçamento e Finanças, o futuro governador alertou para um conjunto de riscos, incluindo o elevado endividamento público, afirmando ser “essencial manter a disciplina fiscal nos próximos anos, para que a dívida pública continue a descer e para que tenhamos margem de manobra em caso de choques inesperados”. Santos Pereira identificou ainda a forte subida dos preços no mercado imobiliário como um risco para a estabilidade financeira, defendendo que “fomentar a oferta de casas deve ser uma prioridade nacional absoluta”. No que toca à política monetária, considerou que as taxas de juro na Europa “vão-se manter durante algum tempo estáveis”, assumindo-se como um defensor de uma política monetária mais restritiva e não como uma “pomba”.
Garantiu ainda que será “ferozmente independente” em relação ao poder político, independentemente de quem estiver no Governo.
Sobre a polémica nova sede do banco, prometeu total colaboração com a Inspeção-Geral das Finanças, afirmando que “quem não deve não teme”, embora ressalvando que o BdP não pode ser auditado por entidades controladas politicamente.