No entanto, instituições como o Conselho das Finanças Públicas (CFP) e o Banco de Portugal mantêm projeções mais cautelosas. O otimismo do Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, foi reforçado por dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Banco de Portugal. O INE reviu em alta o crescimento do PIB de 2024, de 1,9% para 2,1%, e o Banco de Portugal reviu em baixa o rácio da dívida pública do mesmo ano, de 94,9% para 93,6% do PIB. Esta melhoria permitiu ao Governo atualizar a sua própria projeção para o peso da dívida em 2025, esperando agora que caia para 90,2% do PIB, em vez dos 91,5% anteriormente previstos.
A confiança do Governo assenta na expectativa de que o aumento do consumo privado, impulsionado por medidas de apoio aos rendimentos, continue a sustentar a receita fiscal.
Contudo, as previsões divergem entre as instituições: enquanto o FMI projeta um saldo de 0,5%, o CFP aponta para um saldo nulo e o Banco de Portugal antecipa mesmo um ligeiro défice de 0,1%.
O economista Paulo Monteiro Rosa alerta que o objetivo é "mais exigente do que no ano passado" e que o seu cumprimento "dependerá da manutenção de disciplina orçamental, da gestão rigorosa da despesa corrente" e da ausência de choques adversos.














