Esta é a principal conclusão do Observatório da Competitividade Fiscal 2025, um estudo anual da Deloitte que, apesar de notar uma ligeira melhoria na perceção, confirma que os entraves fiscais persistem como uma desvantagem competitiva para o país.

Segundo o estudo, 60% das empresas consideram o sistema fiscal "complexo e ineficaz", com 93% a classificá-lo especificamente como "complexo".

Embora 33% reconheçam agora eficácia no sistema, uma inversão face ao pessimismo dos anos anteriores, o funcionamento da justiça e o próprio sistema fiscal são apontados como os maiores entraves ao investimento, ultrapassando a legislação laboral.

As empresas inquiridas acreditam que a política fiscal do Governo tem potencial para impulsionar a competitividade, mas 98% defendem que há margem para melhorias.

As prioridades para tornar o sistema mais competitivo são claras: "assegurar o funcionamento mais célere dos tribunais tributários, ser menos complexo e promover uma maior estabilidade da lei fiscal". No que toca a medidas específicas do Orçamento do Estado para 2025, as mais valorizadas são a redução da taxa nominal de IRC e a atenuação das tributações autónomas.

Em contrapartida, o reforço do IRS Jovem é considerado "pouco ou nada eficaz" para travar a fuga de talento por 54% dos inquiridos.

A simplificação burocrática mantém-se como a área mais sensível para atrair e reter investimento.