O acordo tripartido, assinado em 2024, prevê um aumento de 50 euros anuais, o que fixaria o SMN em 920 euros em 2026. O Governo, por sua vez, estabeleceu no seu programa uma meta mais ambiciosa a longo prazo, apontando para 1.100 euros em 2029.
Apesar destes referenciais, as principais centrais sindicais consideram-nos insuficientes face à perda de poder de compra. A CGTP, liderada por Tiago Oliveira, apresentou a proposta mais exigente, reivindicando a fixação do SMN em 1.050 euros já em janeiro de 2026, um aumento de 180 euros face ao valor atual. A central sindical defende também um "aumento geral e significativo dos salários de todos os trabalhadores" de, pelo menos, 15% ou 150 euros.
A UGT, liderada por Mário Mourão, embora mais moderada, também considera a trajetória acordada desatualizada, exigindo a "valorização imediata" do salário mínimo para 950 euros em 2026, mais 30 euros do que o previsto.
A UGT defende ainda que a referência para os aumentos salariais na concertação social "não seja inferior a 5%".
Perante estas reivindicações, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Rosário Palma Ramalho, afirmou que o Governo "não abre nem fecha a porta" a uma revisão da trajetória, deixando o desfecho das negociações em aberto.
A decisão final, que será definida por portaria após auscultação dos parceiros, será um indicador crucial da política de rendimentos do executivo para o próximo ano.













