O Governo apresentou um novo pacote de medidas para a habitação, classificado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, como uma “política de choque” para “abanar o mercado de construção e arrendamento”. As propostas centram-se em incentivos fiscais para aumentar a oferta de imóveis a preços moderados, definidos pelo executivo como rendas entre 400 e 2.300 euros. Uma das medidas mais significativas é a redução da taxa de IVA na construção e reabilitação de habitação para 6%, aplicável a imóveis para venda com um valor até 648.000 euros ou para arrendamento dentro dos referidos limites de renda moderada.
Este regime fiscal vigorará até 2029.
Para os inquilinos, a dedução à coleta em IRS das despesas com rendas será aumentada para 900 euros em 2026 e para 1.000 euros em 2027. Já os senhorios que pratiquem rendas moderadas verão a sua taxa de IRS sobre esses rendimentos reduzida de 25% para 10%. Em contrapartida, o Governo anunciou um agravamento do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) para a compra de habitação por cidadãos não residentes, excluindo emigrantes.
O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, esclareceu que esta medida visa gerar receita e promover equidade, garantindo que “Portugal não vai deixar de atrair esse investimento”.
O pacote inclui ainda a isenção de mais-valias no reinvestimento em habitação acessível e a simplificação de processos de licenciamento.
Em resumoCom o objetivo de combater a crise habitacional, o Governo lançou um pacote de medidas que inclui a redução do IVA na construção para 6% (com limites de valor), o agravamento do IMT para compradores não residentes e o aumento das deduções de IRS para inquilinos. Estas alterações fiscais visam incentivar a construção e o arrendamento a preços moderados.