Numa carta aberta dirigida ao Governo e à Assembleia da República, a associação argumenta que estas medidas são essenciais para “reindustrializar com inteligência” o país e quebrar a “armadilha de pobreza”.

No que diz respeito ao IRS, a BRP sugere uma “reconfiguração urgente do IRS até 1,5 vezes o salário médio nacional”, começando pela eliminação dos cinco primeiros escalões, que abrangem rendimentos coletáveis até 28.400 euros anuais. A justificação é combater uma estrutura fiscal que, segundo a associação, penaliza quem tenta progredir: “o Estado fica com 62% do aumento salarial de quem ousa escapar do salário mínimo nacional, o que é imoral”.

Quanto ao IRC, a proposta visa “acabar com o sistema progressivo”, eliminando a derrama estadual que incide sobre lucros acima de 1,5 milhões de euros. Os empresários defendem que esta medida ajudaria a combater o facto de Portugal ter “menos 41% de grandes empresas do que a média da UE”. A carta aberta surge nas vésperas da apresentação do Orçamento do Estado para 2026 e insiste que é necessário um “novo contrato entre Estado, empresas e sociedade civil que assuma uma posição de destaque para a criação de riqueza”.

Além das propostas fiscais, a BRP apela a simplificações no licenciamento, na justiça administrativa e a uma aposta na liderança em energias renováveis.