A inversão da tendência afeta os empréstimos indexados à Euribor a 3 meses, refletindo as ligeiras subidas deste indexante nos últimos meses, que se tem mantido consistentemente acima dos 2%.
As simulações da DECO Proteste indicam que, para um empréstimo de 150.000 euros a 30 anos com um 'spread' de 1%, a prestação de um contrato indexado à Euribor a 3 meses subirá 3,48 euros, passando de 631,11 euros para 634,59 euros. Este aumento, embora modesto, quebra um ciclo de 20 meses de reduções. A subida deve-se ao facto de a taxa média da Euribor a 3 meses em setembro (2,027%) ser superior à de julho (1,986%), que serviu de referência para a revisão anterior. A estabilização das taxas Euribor em torno dos 2% está alinhada com a política do Banco Central Europeu (BCE), que manteve as suas taxas diretoras inalteradas na reunião de 11 de setembro.
Miguel Cabrita, do idealista/créditohabitação, afirma que, “enquanto a inflação se mantiver controlada, [...] não é expectável que haja grandes oscilações da Euribor”.
Em contrapartida, os contratos com revisão em outubro indexados à Euribor a 6 e 12 meses ainda beneficiarão de um alívio. Nas mesmas condições de empréstimo, a prestação a 6 meses descerá 23,28 euros, e a 12 meses a redução será de 64,19 euros, uma vez que as taxas de referência atuais são inferiores às de há seis e doze meses, respetivamente.













