O setor empresarial reagiu com “elogios” mas também com “cautela”, aguardando pela clareza legislativa.

Hugo Santos Ferreira, da APPII, considera que a medida é “estruturalmente positiva” e representa “um passo relevante para desbloquear projetos e atrair investimento”.

No entanto, a definição de “renda moderada” com um teto de 2.300 euros suscitou fortes críticas. O debate sobre a justiça fiscal intensificou-se com comparações que mostram que um trabalhador dependente pode pagar uma taxa de IRS significativamente superior a um senhorio com o mesmo rendimento mensal. O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, defendeu a medida, afirmando: “Acreditamos que, com os valores de mercado que hoje se praticam, com a renda até 2.300 euros, nós estamos a ir diretamente à classe média”.

O governante garantiu ainda que o pacote não comprometerá o equilíbrio orçamental, assegurando que “as contas vão continuar a ser certas”.