A investigação demonstra que as empresas apoiadas por fundos de capital de risco crescem mais depressa, contratam mais trabalhadores, pagam salários mais elevados e tornam-se mais produtivas. A nível macroeconómico, cada 100 milhões de euros de investimento em capital de risco geram, ao fim de dez anos, um impacto de 1% no PIB, um aumento de 0,7% nos salários reais e um crescimento de quase 23% no registo de patentes. O estudo destaca o papel crucial do SIFIDE (Sistema de Incentivos Fiscais à I&D Empresarial) como mecanismo para atrair investimento privado para empresas inovadoras. Nas empresas financiadas através de fundos SIFIDE, o emprego cresce entre 50% e 60% ao fim de três anos, o investimento em ativos intangíveis mais do que duplica e o volume de negócios e os lucros crescem mais do dobro.

A análise sublinha a relação custo-benefício positiva do incentivo fiscal para o Estado. Segundo os autores, o custo inicial do crédito fiscal é largamente superado pelas receitas adicionais de IVA, IRS, IRC e contribuições sociais geradas pela atividade económica impulsionada.

Lurdes Gramaxo, presidente da Investors Portugal, afirma que “o negócio fiscal com o Sifide é vantajoso para o Estado”, acrescentando que o programa “paga-se em dois anos e gera ganhos fiscais duradouros”. Perante estes resultados, a Investors Portugal apela aos decisores políticos para que consolidem e ampliem os instrumentos fiscais de apoio ao capital de risco, garantindo a sua estabilidade e previsibilidade para posicionar Portugal como um polo de inovação na Europa.