Entre as suas principais prioridades destacam-se a crise da habitação, a simplificação regulatória e a introdução de reformas internas na instituição. No seu discurso de tomada de posse, o ex-ministro da Economia e ex-economista-chefe da OCDE classificou os preços da habitação como “dramáticos” e sublinhou a necessidade de “fazer mais, muito mais, para desbloquear os constrangimentos da oferta”.

Apelou diretamente às autarquias para que agilizem licenciamentos e combatam as restrições excessivas à construção, defendendo que apenas um aumento significativo da oferta poderá evitar repercussões para a estabilidade financeira.

Outra das suas bandeiras é a simplificação regulatória.

Santos Pereira prometeu “descomplicar e descomplexificar” as leis e regulações do setor financeiro, eliminando legislação “redundante” e “excessiva” para tornar o quadro regulatório “mais ágil e coerente”.

A nível interno, o novo governador anunciou a introdução de “concursos para todas as contratações de diretores e diretores adjuntos”, com o objetivo de “aumentar a transparência e promover a meritocracia”.

Adicionalmente, irá propor a reativação do Conselho Nacional para a Estabilidade Financeira, um fórum de debate entre o governo, o banco central e os restantes supervisores.

O mandato inicia-se com uma forte ênfase na independência do banco central, que Santos Pereira prometeu manter “a todo o custo, independentemente de quem esteja no Governo”, sinalizando uma nova fase na liderança da instituição responsável pela supervisão bancária e pela política monetária.