O Governo prevê arrecadar um valor recorde de 67.065 milhões de euros em impostos em 2026, o que representa um aumento de 4,4% (2.828 milhões de euros) face à estimativa para 2025. Este crescimento é impulsionado tanto pelos impostos diretos como pelos indiretos, refletindo as projeções de crescimento do consumo privado e a evolução favorável do mercado de trabalho. Segundo o relatório do OE2026, os impostos indiretos contribuirão com 1.773 milhões de euros para o aumento, com o IVA a liderar, prevendo-se uma subida de 5,1% para 27.489 milhões de euros.
Outros impostos sobre o consumo, como o ISP, o Imposto sobre o Tabaco e o IUC, também deverão registar aumentos nas receitas.
Nos impostos diretos, o IRS deverá render mais 937 milhões de euros (+5%), atingindo 19.496 milhões.
O Governo justifica este aumento com a “evolução favorável do mercado de trabalho — tanto para o emprego, como para remuneração por trabalhador”, apesar da redução das taxas marginais. Em sentido contrário, a receita de IRC deverá diminuir em 199 milhões de euros (-2%), para 9.532 milhões, como reflexo da redução da taxa geral de 21% para 20% em 2025, cujo impacto se sente na liquidação do ano seguinte. No total, o Estado prevê arrecadar 183,74 milhões de euros por dia em impostos.
Em resumoApesar dos alívios fiscais em sede de IRS e IRC, o Estado antecipa um aumento recorde da receita fiscal em 2026, sustentado pelo dinamismo da economia e do consumo. O IVA e o IRS continuam a ser os principais motores da arrecadação, compensando a quebra na receita de IRC.