A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) emitiu um alerta sobre a utilização fraudulenta do nome e imagem de personalidades públicas e de instituições financeiras autorizadas para promover esquemas de investimento e serviços de intermediação financeira. A entidade reguladora reforçou a necessidade de os investidores estarem vigilantes e desconfiarem de abordagens não solicitadas. Segundo a CMVM, “os contactos fraudulentos reportados são geralmente efetuados através de redes sociais, de contactos telefónicos, de mensagens da aplicação ‘WhatsApp’ ou de ‘e-mail’”. Estes contactos têm como pretexto oferecer oportunidades de investimento com promessas de lucros elevados e rápidos. Recentemente, figuras como o ex-banqueiro António Horta Osório e o economista João Duque foram alvo deste tipo de usurpação de imagem.
O regulador adverte os cidadãos para não confiarem automaticamente na veracidade destas comunicações e para não realizarem qualquer ação solicitada, como descarregar anexos, aceder a links, fornecer credenciais bancárias ou transferir valores.
A CMVM aconselha a verificar sempre a legitimidade dos contactos através dos canais oficiais das instituições financeiras e a consultar a lista de intermediários financeiros autorizados a operar em Portugal. Em caso de suspeita, os investidores devem contactar a Linha de Apoio ao Investidor da CMVM, mas a entidade sublinha que este contacto “não substitui a necessidade de efetuar uma denúncia junto das autoridades competentes”. Para reforçar a literacia financeira nesta área, a CMVM lançou uma nova secção no Portal do Investidor dedicada à prevenção de fraudes.
Em resumoA CMVM alertou para um aumento de fraudes financeiras que utilizam indevidamente a imagem de figuras públicas e instituições para promover falsos investimentos. O regulador aconselha os cidadãos a desconfiar de promessas de lucro fácil e a verificar sempre a legitimidade das entidades antes de investir.